Independente de qual ponta da corda você esteja, em algum
momento os papéis irão se inverter. Há quem esteja necessitando ser perdoado e
há quem precise perdoar o autor de uma dor antiga.
Aquele que comete uma falha
e se conscientiza dela já dá o primeiro passo rumo ao crescimento. Daí a abrir
mão do próprio orgulho para buscar na vítima o alívio necessário para
prosseguir o caminho é a demonstração da maturidade adquirida.
Desprender o
perdão é um ato ainda maior. Um coração cheio de rancor e ódio carrega uma
culpa que não é sua. É difícil agir diante de um pedido vindo de alguém que um
dia lhe causou dor. Pessoas espiritualmente mais evoluídas conseguem enxergar
dentro do outro e perdoam verdadeiramente, emanando paz e amor ao próximo.
Aquele que ainda está em aprendizagem demonstra mais dificuldade. Não consegue
se livrar do peso e fica se alimentando dessa ferida. Em situações ainda mais
delicadas desdenha e tripudia daquele que tão sofridamente se ajoelha a seus
pés. É capaz de passar anos arrastando a corrente da dor, apenas para manter o
outro algemado a si. Julga-se feliz ao assistir a angústia do outro, não se dando conta que está perdendo a essência da felicidade verdadeira.
Perdoar não
significa que você está de acordo com seu ofensor, mas te isenta de uma
escuridão que não te pertence e que você não merece.
Liberte e se permita
libertar.